sábado, 5 de dezembro de 2009












Seus passos vagabundos no meio da noite
Olhar raivoso, fera faminta perambulando em busca da presa
Passos largos... Estrondosos...
A boca seca de amargura e solidão... A solidez silenciosa da solidão... corroi lentamente...
A ânsia nos braços
A pressa nas pernas
A volúpia e lascívia pulsando nos dentes que mostravam um sorriso perplexo, como um murmuro.
O desejo não é mesmo movido pela falta
A espera nua é cruel
Quando corri para seus braços percebi que isso tudo era apenas um moinho de vento
Não se pode esgrimir contra ilusão
Mas o que a vida sem o sonho do toque espinhoso das estrelas
Então as super estrelas aqui da terra são apenas pó
E você que atou nós nos meus cabelos
Esta distante ate do sonho...

La no cruzeiro mais alto, o homem pálido comia fogo
As cantigas selvagens da sua infância dolorida perseguiam seus ouvidos aguçados
O medo que entontecia sua mente deitada no mato do longínquo cruzeiro brilhante do morro
Daqui de baixo é que se ver
Seus olhos pegando fogo
Daqui de baixo é que se ver
Suas costas encaliçadas suas pernas dobradas joelhos caídos no chão
Um buraco iluminado abriu-se diante de seus pés
Era uma aparição
Uma mulher subindo a serra com olhos de alavanca
Um corpo talhado a mão
Nascida do dia da tormenta no morro da conceição
Artífice do tinhoso
Num dia fraco e lento atormentando um homem cansado dessa vida
E da lagrima encontrada no meio da alegria perdida...
O sol se escondeu a água da chuva encharcou a terra
Aquele homem provou o mel vermelho que escorria das mãos daquela mulher
Os cabelos de sol jogados no corpo do dia
Na boca da mata
Nos olhos da noite
O nó cego da cana
A palha do coqueiro
O homem e seu desespero
A mulher e a consolação
A araponga gemia
No meio de tanta aligria
A sucupira e sua sombra na água se desfazia...



quarta-feira, 23 de setembro de 2009













O pálido segredo subversivo da mente obscura segue silencioso, até que a lua volte ao céu nesta noite eterna...
Acompanhe meus passos, siga-me atentamente
E ainda ficaras perdido num vale assombroso
E eu não recuarei...
Não desvie seu olhar do meu corpo
Deixe que cerque cada movimento lúcido
Sim, pois... Lucia esta lúcida essa noite...
Entra com tua face seria e devora minhas idéias...
Devaneios! Os delírios seguem vagarosos...
Então... Congele sua vida neste lugar e envolva-te em seus laços...
Aprisiona-te aos meus desejos...
E os torne seus...
Os condenados no vale da angustia sangrenta clamam...
Essa noite nossos corpos violentados pelo furor de nossos desejos!
Fúria... Fecha teus olhos e sonha com as caricias noturnas de ontem no amanha...
Toca minha pele com essa fúria silenciosa...
Paixão... Ah! lembra-te dos delitos mentais... Sonhos carnais...
Mulher! Deusa da minha desventura...
Vem aventurar-se nos meus braços
Vem sedenta... Leva meu sangue nas tuas mãos e as gotas de dor da minha carne
Apunhala minhas costas com suas mãos enaltecidas
Rasga minha roupa com teus dentes com uma insana calma noturna
A visão... Caracóis passeando entre os dedos
Leva minhas mãos ate a sua boca
Deixa-me sentir o quanto é doce a sua saliva ...
Quebrando o mistério...

Dom quixote...



quarta-feira, 16 de setembro de 2009



caos violentado pela ordem!


aleatoriedade dirigida pela vontade!


vento violento!


turbulencia violenta!


borboleta vermelha!


Que no meio do caos se estabeleça a ordem respiração lenta,sonhos pesados movimentos acelerados CAOS!!!lucidez tardia!!!Um verso negro ardente como nossos corpos juntos


Estranho como nossa loucura!


Ignore as normas embriague a noite assim como sua mente c o cheiro do vinho sob meu seio! Versos possuidos...enigmas... Que revele tudo e o nada que sinto.


Que se foda a rima perfeira Dane-se a noite de estrelas A noite de chuva rolando na grama...E as formigas estão enforcando o desalento Passeando lentamente no caos!!

NIMBO







..

Com medo do escuro me equilibrei na ponta imaginária da estrela...A lua e sua poesia com forma ingênua... Impulsionando a loucura que Desata nó do papel!

Rabiscando a parede lembrei do seu olhar
Vivi uma tempestade lunar
Vi uma galáxia evoluir
Um poeta morrer
A poesia deslizar num corpo vazio
Um poeta pateta virando buraco negro
Passei na órbita de plutão
Levei um chute e despenquei
Vou ver a terra lá na lua
Não me chame de volta...
Vi uma Nimbostratus contornando o céu
E tudo escureceu a lua sumiu
No outro dia reapareceu
Mas não vi a poesia q nela existia...

sábado, 12 de setembro de 2009



Tudo que escuto muito pouco eu guardo...
Resguardo-me do frio
Da escuridão
Da dor noturna
Da ferida obscura
Na noite fria
Nos calabouços enfureço em plena alucinação
No céu amo
Na terra brinco e giro
No teu corpo me perco
Nas tuas pernas me confundo
Nas tuas idéias pereço no teu seio amanheço
Em delírio profundo
Seu toque lento e terno enfurece meu ser
Descontrole carnal
Tu és a minha desventura
Minha risada infantil
Meu olhar amendrontado
Deixa-me ter você deixa eu te tocar
Eu quero você lua quente...

sábado, 5 de setembro de 2009




A minha pele sem a tua anda nua...
Meus olhos te vêem quase como o nunca encontrando o nada...
Não há silencio que sustente esse suspense desesperado...
Minha boca anda gritando seu nome por ai...
Os caminhos q eu sigo me desviam de você por mais que meu pensar te chame...
E os fios de cabelo andam se soltando...
Ah é a vida que vai passando...
O tempo é sempre o mesmo todo dia...
Nenhum cobertor abafa a ausência sua...
E essa coisa de você não saber se eu não digo e eu não sei se você não diz...
Eu conheço o que não existe...
E existe o que eu não conheço...
Sabendo que não mereço ser guardada por você...
Desesperado encantamento que vai me fazer morrer...

sábado, 1 de agosto de 2009




Sou atraída por uma força indescritível que me leva por caminhos desconhecidos...
Eu deito no silêncio fico atordoada
Descanso no caos e fico calma
Perco-me em delírios envoltos de neblina
Choro os encantos do passado
Contento-me com as perturbações do presente
Algumas imagens não abandonam minha mente e elas gritam e gemem são imagens doentes...
Não me faça perguntas não sou boa c as respostas prefiro as reticências...
Despida da face da moralidade sob o sereno e a lua
Respirando a brisa e vendo as flores dormirem molhadas de suor de tanto amar
Ninguém as nota...
São imagens inventadas!
Respiração acelerada, fantasmas na mente uma mente doente alucinada...
Um olhar espantado, garganta escancarada, visão distorcida, coração circundado por movimentos lentos, questionamentos redundantes...
A lua se move e ela me segue... Imagem distorcida!
Nada de pânico agora menina... Grito, desejos, lágrima, medo, risos...
Sombras psicodélicas escondidas nos passos correndo entre calçadas escuras em ruas de cabeça para baixo dividida em duas... Imagem real!
Que a poesia não cesse... Eu preciso descrever o q sinto ou me afogarei nas angustias q perseguem passos acelerados sem rumo caminhando para ruínas, declinando o corpo naquele abismo de idéias possuídas de medo e enganos correndo para os seus braços, palavras sem coerência... Eu vejo a evolução das minhas idéias e as vejo adormecendo isso me corrói o cérebro entontecido meus pés às vezes não equilibram meu corpo,a cabeça é pesa, sonhos pesados, imagens pesadas...
São pedras forjadas, são pedras agredidas, são pedras feridas Imagem adormecida!
A sombra do delírio declinado envolvendo a tarde clara...Um cinza entornado toma conta do meu céu e eu sonho ...










Vou arrancar as vestes
Vou jogá-las na rua e atear fogo
Fazer uma fogueira
Só p espantar a loucura q esse silêncio monta
Vou me embriagar c a escuridão do quarto
E ficar lá até q me esqueçam
Não eu não sei noticias de mim
Idéias vagabundas esmolam atenção
A insegurança se contenta com migalhas
O pessimismo coroe como um verme faminto o ser
E entontece de tristeza o âmago do meu coração
As extremidades do meu corpo se alargaram e eu não to cabendo nesse lugar



Meu ser não faz com que meu ente seja
Meu dasein tá dormindo (não pareço capaz de questionar meu ser)
È como se minha existência se desfizesse com o sopro de uma boca ardilosa
Meu ser não se faz ser
Um ser em busca de sua existência




Uma flor vermelha na escuridão flutuando
Sozinha...
Ninguém a observa
Ela observa tudo
É preciso sentir dor para que se revele o prazer
Algumas gotas de orvalho (lagrimas) tocaram levemente suas pétalas (face)
Ela possui um perfume encantador
Apenas a deixe quieta!
Seus galhos possuem espinhos
Seus espinhos possuem veneno

quarta-feira, 15 de julho de 2009




Se a agonia que meu ser carrega descarregasse em prantos cessaria...
Esvanecendo a angustia amarga dos dias dementes...
Não me iludo não me traio
Sou volúpia chama acesa embebida de graça
Sendo fiel apenas a mim mesmo sigo
Desconfiando de cada riso e suspiro

Eu só quero você uma vida inteira
Para calar meu medo
Desmanchar o pranto
Descongelar meus dedos
Mas uma vida inteira pode ser vivida em uma noite
Uma vida de uma pessoa minha que não exatamente eu
Por que ao amanhecer serei outra de mim
Quero apenas uma vida dessas numa noite dessas e de manha cedo
Abraçar você a manha inteira...
Olhar nos seus olhos te dar carinho de dar meu amor de uma vida inteira
Numa noite intera
E depois partir para os dias despedaçados
E despedaçar meu medo
Uma vida inteira para despertar o riso calar o pranto
Abraçar seu mundo
Entender seus medos
Contar meus segredos
Segurar firme sua mão
Acalentar sua mente sobre meu seio
E depois dormir
Uma vida inteira para secar o beijo
Acalmar o desejo
Atormentar o medo
Aplaudir o céu
Ver as estrelas quando se está lá em cima
Mudar a lua de lugar
Enquanto você não vem ...
não sei se vc existe...
Mas espero ...
Pessoa sem rosto ...

segunda-feira, 13 de julho de 2009


Em terno desespero minha mente anseia descansar sobre teu peito
Eu me perco nos prantos dessa noite estranha
Meus dedos frios, meus lábios sem cor
Uma voz calada presa nos sonhos da madrugada
Amavelmente me afaga nos teus braços esculpidos pela sombra e solidão
Derrama o vinho e lava meus sonhos pesados
Com as mãos da malicia acaricia meu pranto e acalma a melancolia desastrosa dos desejos não realizados
Vem me arrancar desse dia e me leva para noite perfídia
O nihil é irreal porem verdadeiro
Meu desejo é verdadeiro com todo porem entorpecidamente irreal
Agora vem e sem dizer nada
Arranca as vestes do medo
E lança seu desejo ferindo todo meu corpo
Derrama o sangue e aquece a ferida descontente da ilusão
Crava na minha pele a sua pele espancando meu riso e absorve meus segredos
Enfrentando os dragões
Armadilhas da mente
Ama-me com o amor de uma noite e que se vai no amanhecer
Apenas torturas dos desejos desarmados
Devora meus dias
Acorrenta-me ao ladrão
Alimenta minha solidão




terça-feira, 7 de julho de 2009


Amor indolente que queima sob o sol poente
Amor torto...
Paixão turva...
Amor precipício de corpo carente
Amor invenção de poeta demente
Meu coração se ergue potente
Nada temeroso
E esse teu grito estridente afasta de mim
Pedras não se movem o vento as empurra?
Loucuras da mente
O amor esta no deserto cercado de solidão...




Alma noturna calma perversa
Noite saturna alivia a pressa
Mulher devassa
Delitos da mente
Delírios dormentes
Espírito decadente
Jamais lamente!
Poesia frenética...
Ligação geométrica...
Cabelos de sol
Incendeia a noite numa assimetria violenta
Eu não sei onde vai parar
Deixa queimar...
Imaginação ferve
Pareço-me com Quixote esgrimindo contra os moinhos...
Porque não tomas uma dose de potencia?
Cometerei delitos insanos nas noites de luar pálido...
Segredos da mente devem permanecer na mente...
Enigmas do seio de uma mulher em quase desventura terna
Temendo seus anseios
Vagando num mundo onde o desejo a contaminou
Conde da minha amargura pq n mim envenena de uma vez
Pouco veneno não mim basta...
E se o ar se perde no caminho eu não posso respirar...
Respiração violenta...
Na sombra da lua rasteja a noturna completamente insana...
Eu corpo da noite o q faço indo dormir?
Estou presa ao dia...
Obscena, obscena... Noturna...
Traga-me não mais nenhuma gota de solidão nem essa dose completa e mórbida...
Minha mente conta mentiras p si...
Sim essa noite de insônia revela loucuras adormecidas...
Tudo muito rápido... Desvarios da mente...
Estou sucumbindo no buraco negro da mente...
Vertigem... Visão turva... Entre palavras tudo escurece...
Falo de corpo, de coração...
Essa noite ardente eu qro dormir na rua sentar na relva molhar o chão...












domingo, 5 de julho de 2009


Vou tacar fogo nos discos
Nos livros
Nas roupas
Nas lembranças
Tudo q era objeto antigo eu coloquei no brechó subcutâneo
Mas agora eu ateei fogo no verbo rever idéias...
E chamo de verbo o q eu quiser...
E vou tacar fogo nos seus pelos
No seu peito
No seu ser e no meu não ser...
E em quem apenas quer ser...
E nem tudo se explica...
Uma fúria envenenada complica...
E a lua permanece fria e ela muda sem mudar...
A lua não possui fazes... É só uma sombra q a cobre...
Ela esta sempre lá do jeito que continua ser...
Não gosto de lembrar como comprei cada disco escutá-los sem ver seus encartes eh mais legal...
E o acervo de guerra... Embrulhei p presente... Presente p o fogo...



O céu é um quadro negro infinito
Rabiscado...
Nos grupos de estrelas posso ver um homem e seus dois cães...
Estrelas de mesmo brilho e alinhadas mostram seu cinturão
Uma estrela vermelha
Uma estrela azul
Marcam os traços firmes de um homem preso no quadro negro definido e suspenso no universo.


Coração se fechou num circuito divinal
Perambulando em pensamentos desastrosos segue minha mente
Corpo que a mente domina
Incendeia...
Mente incendiaria...
Desviando-me o tempo todo dos desejos mais ínfimos
E se derramas o teu olhar sobre meu dorso escorrendo por todo o corpo?
Enlouqueço e deixo queimar...
Devorando pensamentos incendiários
Mistificando os sonhos
O que faz o coração da poetisa perdida no caos poético tremendo no frio do quintal?
Noites saturnando vagando de lua em lua
Veneno penetrando nos meus poros lentamente
Causa da minha mazela noturna...
E os caracóis caminhando lentamente sobre as costas

As nuances do desejo indolente impregnado de lascívia
Arranca o pudor da face da menina...
Vem acaricia-me a pele
Duas almas vagando no paraíso prévio dos delírios
Insanidade e loucura não são as mesmas mulheres
Vontade de potencia não despreza o ato
Minha boca cospe mus delitos carnais
Venha explorar meu sangue
Se apropriar do meu corpo por instantes enaltecidos pelo surreal prazer
Rasgue minhas vestes e atei fogo
Molhe de saliva os meus dedos deixe que passem sob minha língua impura
Arranho teu pescoço trazendo a dor suave
Ao instante que levo minha boca sedenta e arranco os arrepios dos teus poros envenenados
Bebes o vinho do meu suor
Deita-me sob o teu céu e seja cruel
Despeja sua imaginação sobre meus olhos e deixa minha mente presa
Eu não posso escapar...
Ama-me no mais fundo da indecência
Ama-me apenas com o amor carnal
E entra em mim
Entra despido de moral
Entra com todos os sentidos
E deixa-me ferir sua pele
Faz um lenço para as noites de nossas despedidas


Minha mente é enigma e é paradoxo
Sou insana em minha lucidez profunda
Lúcida loucura
A poesia é artífice da compulsão desnuda

Idéias despidas, sem clareza
Movidas apenas por uma vaga percepção do real
Imagens em movimentos decadentes de sutileza
Emoções despertas, um escarro de beleza

Existe submissão da poesia ao poeta ou do poeta a poesia?
Voluntária?Forçada?
A loucura não busca explicação p normalidade
As normas querem infligir à loucura do dia-a-dia

Uma aparente sombra de intocável lucidez cerca-me a mente... Aproxima-se vagarosamente como se temesse algo...
Negando e afirmando de maneira simultânea eu sigo com minha mente contaminada pela contradição...

Observando o mundo de maneira intuitiva se caminha vagarosamente? Eu posso denotar a ironia que aflige esses versos com rimas imperfeitas sem delicadeza e idéias soltas?

Hipóteses são levantamentos falsos... RS
Isso é pleonasmo redundante kkkkkk
Encerro esses versos numa calmaria irritante rsrs!!!



16/3/2008 00h32min: 31seg