quarta-feira, 15 de julho de 2009




Se a agonia que meu ser carrega descarregasse em prantos cessaria...
Esvanecendo a angustia amarga dos dias dementes...
Não me iludo não me traio
Sou volúpia chama acesa embebida de graça
Sendo fiel apenas a mim mesmo sigo
Desconfiando de cada riso e suspiro

Eu só quero você uma vida inteira
Para calar meu medo
Desmanchar o pranto
Descongelar meus dedos
Mas uma vida inteira pode ser vivida em uma noite
Uma vida de uma pessoa minha que não exatamente eu
Por que ao amanhecer serei outra de mim
Quero apenas uma vida dessas numa noite dessas e de manha cedo
Abraçar você a manha inteira...
Olhar nos seus olhos te dar carinho de dar meu amor de uma vida inteira
Numa noite intera
E depois partir para os dias despedaçados
E despedaçar meu medo
Uma vida inteira para despertar o riso calar o pranto
Abraçar seu mundo
Entender seus medos
Contar meus segredos
Segurar firme sua mão
Acalentar sua mente sobre meu seio
E depois dormir
Uma vida inteira para secar o beijo
Acalmar o desejo
Atormentar o medo
Aplaudir o céu
Ver as estrelas quando se está lá em cima
Mudar a lua de lugar
Enquanto você não vem ...
não sei se vc existe...
Mas espero ...
Pessoa sem rosto ...

segunda-feira, 13 de julho de 2009


Em terno desespero minha mente anseia descansar sobre teu peito
Eu me perco nos prantos dessa noite estranha
Meus dedos frios, meus lábios sem cor
Uma voz calada presa nos sonhos da madrugada
Amavelmente me afaga nos teus braços esculpidos pela sombra e solidão
Derrama o vinho e lava meus sonhos pesados
Com as mãos da malicia acaricia meu pranto e acalma a melancolia desastrosa dos desejos não realizados
Vem me arrancar desse dia e me leva para noite perfídia
O nihil é irreal porem verdadeiro
Meu desejo é verdadeiro com todo porem entorpecidamente irreal
Agora vem e sem dizer nada
Arranca as vestes do medo
E lança seu desejo ferindo todo meu corpo
Derrama o sangue e aquece a ferida descontente da ilusão
Crava na minha pele a sua pele espancando meu riso e absorve meus segredos
Enfrentando os dragões
Armadilhas da mente
Ama-me com o amor de uma noite e que se vai no amanhecer
Apenas torturas dos desejos desarmados
Devora meus dias
Acorrenta-me ao ladrão
Alimenta minha solidão




terça-feira, 7 de julho de 2009


Amor indolente que queima sob o sol poente
Amor torto...
Paixão turva...
Amor precipício de corpo carente
Amor invenção de poeta demente
Meu coração se ergue potente
Nada temeroso
E esse teu grito estridente afasta de mim
Pedras não se movem o vento as empurra?
Loucuras da mente
O amor esta no deserto cercado de solidão...




Alma noturna calma perversa
Noite saturna alivia a pressa
Mulher devassa
Delitos da mente
Delírios dormentes
Espírito decadente
Jamais lamente!
Poesia frenética...
Ligação geométrica...
Cabelos de sol
Incendeia a noite numa assimetria violenta
Eu não sei onde vai parar
Deixa queimar...
Imaginação ferve
Pareço-me com Quixote esgrimindo contra os moinhos...
Porque não tomas uma dose de potencia?
Cometerei delitos insanos nas noites de luar pálido...
Segredos da mente devem permanecer na mente...
Enigmas do seio de uma mulher em quase desventura terna
Temendo seus anseios
Vagando num mundo onde o desejo a contaminou
Conde da minha amargura pq n mim envenena de uma vez
Pouco veneno não mim basta...
E se o ar se perde no caminho eu não posso respirar...
Respiração violenta...
Na sombra da lua rasteja a noturna completamente insana...
Eu corpo da noite o q faço indo dormir?
Estou presa ao dia...
Obscena, obscena... Noturna...
Traga-me não mais nenhuma gota de solidão nem essa dose completa e mórbida...
Minha mente conta mentiras p si...
Sim essa noite de insônia revela loucuras adormecidas...
Tudo muito rápido... Desvarios da mente...
Estou sucumbindo no buraco negro da mente...
Vertigem... Visão turva... Entre palavras tudo escurece...
Falo de corpo, de coração...
Essa noite ardente eu qro dormir na rua sentar na relva molhar o chão...












domingo, 5 de julho de 2009


Vou tacar fogo nos discos
Nos livros
Nas roupas
Nas lembranças
Tudo q era objeto antigo eu coloquei no brechó subcutâneo
Mas agora eu ateei fogo no verbo rever idéias...
E chamo de verbo o q eu quiser...
E vou tacar fogo nos seus pelos
No seu peito
No seu ser e no meu não ser...
E em quem apenas quer ser...
E nem tudo se explica...
Uma fúria envenenada complica...
E a lua permanece fria e ela muda sem mudar...
A lua não possui fazes... É só uma sombra q a cobre...
Ela esta sempre lá do jeito que continua ser...
Não gosto de lembrar como comprei cada disco escutá-los sem ver seus encartes eh mais legal...
E o acervo de guerra... Embrulhei p presente... Presente p o fogo...



O céu é um quadro negro infinito
Rabiscado...
Nos grupos de estrelas posso ver um homem e seus dois cães...
Estrelas de mesmo brilho e alinhadas mostram seu cinturão
Uma estrela vermelha
Uma estrela azul
Marcam os traços firmes de um homem preso no quadro negro definido e suspenso no universo.


Coração se fechou num circuito divinal
Perambulando em pensamentos desastrosos segue minha mente
Corpo que a mente domina
Incendeia...
Mente incendiaria...
Desviando-me o tempo todo dos desejos mais ínfimos
E se derramas o teu olhar sobre meu dorso escorrendo por todo o corpo?
Enlouqueço e deixo queimar...
Devorando pensamentos incendiários
Mistificando os sonhos
O que faz o coração da poetisa perdida no caos poético tremendo no frio do quintal?
Noites saturnando vagando de lua em lua
Veneno penetrando nos meus poros lentamente
Causa da minha mazela noturna...
E os caracóis caminhando lentamente sobre as costas

As nuances do desejo indolente impregnado de lascívia
Arranca o pudor da face da menina...
Vem acaricia-me a pele
Duas almas vagando no paraíso prévio dos delírios
Insanidade e loucura não são as mesmas mulheres
Vontade de potencia não despreza o ato
Minha boca cospe mus delitos carnais
Venha explorar meu sangue
Se apropriar do meu corpo por instantes enaltecidos pelo surreal prazer
Rasgue minhas vestes e atei fogo
Molhe de saliva os meus dedos deixe que passem sob minha língua impura
Arranho teu pescoço trazendo a dor suave
Ao instante que levo minha boca sedenta e arranco os arrepios dos teus poros envenenados
Bebes o vinho do meu suor
Deita-me sob o teu céu e seja cruel
Despeja sua imaginação sobre meus olhos e deixa minha mente presa
Eu não posso escapar...
Ama-me no mais fundo da indecência
Ama-me apenas com o amor carnal
E entra em mim
Entra despido de moral
Entra com todos os sentidos
E deixa-me ferir sua pele
Faz um lenço para as noites de nossas despedidas


Minha mente é enigma e é paradoxo
Sou insana em minha lucidez profunda
Lúcida loucura
A poesia é artífice da compulsão desnuda

Idéias despidas, sem clareza
Movidas apenas por uma vaga percepção do real
Imagens em movimentos decadentes de sutileza
Emoções despertas, um escarro de beleza

Existe submissão da poesia ao poeta ou do poeta a poesia?
Voluntária?Forçada?
A loucura não busca explicação p normalidade
As normas querem infligir à loucura do dia-a-dia

Uma aparente sombra de intocável lucidez cerca-me a mente... Aproxima-se vagarosamente como se temesse algo...
Negando e afirmando de maneira simultânea eu sigo com minha mente contaminada pela contradição...

Observando o mundo de maneira intuitiva se caminha vagarosamente? Eu posso denotar a ironia que aflige esses versos com rimas imperfeitas sem delicadeza e idéias soltas?

Hipóteses são levantamentos falsos... RS
Isso é pleonasmo redundante kkkkkk
Encerro esses versos numa calmaria irritante rsrs!!!



16/3/2008 00h32min: 31seg