domingo, 28 de agosto de 2011


A canção está tocando

Na sala

Na minha sala escura

A saudade entrou

Tirou as sandálias

iniciou sua dança sem pudor

Rasgou minha roupa

Espatifou meus sonhos

E alimentou-me com um prato de dor

Sujou minha alegria com a poeira triste que trouxe no bolso

Abri a porta ela se foi...

Varri a poeira triste

Vomitei a dor que me serviu de alimento

Apanhei os pedaços de sonho

E guardei num vidro

Sinto saudade da saudade...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011



Quantos poetas já sentiram febre durante a noite chorando sua ferida aberta no peito?

Quantos poetas já sonharam com a morte para calar os delírios de suas mentes?

Quantos desejos abandonados?

Quantos desertos formados?

Quantas mentes vadias, perdidas na noite e chorando o dia enlouqueceram?

Essa fúria incontida

Esse desejo vivo

A saudade que maltrata

Eu renuncio...


terça-feira, 9 de agosto de 2011


Num cenário de romance...

Num filme de guerra

Ou dentro de um gibi...

To esperando...

terça-feira, 20 de julho de 2010


Minha mente se multiplicou invadindo as dimensões multifacetadas dos enigmas das paredes intertemporais do meu ser.
Alucinação desagregada irradia a luz dos olhos que tremem na infinutude dos sonhos pesados.
A evolução do meu desejo segue discretamente intensa.
A aceleração das vontades, o contato com o irreal consciente me faz penetrar o extrafisico de maneira direta e desprovida de lucidez
Lembro minha consciência primitiva retraída
Retraindo e constrangendo a si própria
Limitações dementes
Seguindo os pensares mais pesados e entrando em profundo escapismo
Tão segura de incertezas temporais
A dissolução de todo desejo acontece com a assimilação do desejar e padece ao realizar o desejo então reprimi-lo é uma boa maneira de não perde-lo.
Um papel para despejar meu desespero desejando o desejo de desejar calmamente e sem interrupções das não realizações que inflamam mais ainda o desejo.

sábado, 26 de junho de 2010


Quem dorme no teu sonho?
Quem passeia com mãos feridas em baixo do seu cobertor?
Quem abraça teu corpo com o desejo de se fazer parte dele?
Quem comete o pecado de tocar cada parte de vc como um animal em pleno desespero causado pelo cio, sem pudor?
Não posso adormecer num sonho...
Não há feridas em minhas mãos
E não preciso fundir minha carne...
Tenho pudor demais...
Assim que sinto desejo demais...
Pq me causa medo demais...
E não posso dilacerar a carne de alguém com toda ânsia de um desejo... (reticências são fundamentais)
Seu ouvido não espera minha voz?

Caminhando no escuro
Sendo disputada entre a janela e a cama
Vc e seu sono profundo
(Seu corpo não é visível em tão objetivo escuro)
Caminhando no escuro
Não se mede quantos passos a mente esta do abismo
Na mente tudo deveria está claro
Pq não calcular a distancia entre o infinito elevado a décima potencia
E as reticências dos seus olhos?
Descobrir a formação estelar é uma boa idéia
Procurar algo p ler ...
Um poeta que não inventa amor ...
Nebulosas de emissão...
Poxa isso é mesmo uma confusão despida...
Voltando a frase antes da que antecede a anterior...
Meus ouvidos nem sempre escutam todo barulho surtado de algum prazer comum...
ps:
E a noite enquanto eu dormia
Você sempre vinha passear no meu sonho
Bem embaixo dos meus olhos pesados
Bem em cima do meu sorriso cansado
Com suas mãos tão leves acariciando as minhas mãos,mais uma vez no barulho
Você não me deixa dormir... Nessas noites que vem passear sobre meu corpo
Bem embaixo dos meus olhos apressados...E eles permanecem cansados... E tão aliviados ao te ver...
No meu sonho...

sábado, 17 de abril de 2010

Meia lua sem compasso
Rasteira rasgando o chão
Berimbau ritmado com o coração
Atabaque pregado na palma da mão
Risos decorando o rosto
Meu corpo tremendo
Joelho doendo
É hora menina de entrar na roda
Não se apavora
Que Deus te guia
Entra com essa alegria
E coragem do teu coração
Salve os negros valentes
Ajoelha no berimbau
Iê daí viva ao mestre
E luta com hungu
Ela entrou na roda
Com timidez
Mas parecia o vôo da iuna
E como já dizia ... seixo miúdo na luz do sol cega...
Se hungu não esquiva a armada ligeira (dela),pega !
Se ela não voasse feito ave rapineira
A mandinga de hungu derrubava ela!

sábado, 5 de dezembro de 2009












Seus passos vagabundos no meio da noite
Olhar raivoso, fera faminta perambulando em busca da presa
Passos largos... Estrondosos...
A boca seca de amargura e solidão... A solidez silenciosa da solidão... corroi lentamente...
A ânsia nos braços
A pressa nas pernas
A volúpia e lascívia pulsando nos dentes que mostravam um sorriso perplexo, como um murmuro.
O desejo não é mesmo movido pela falta
A espera nua é cruel
Quando corri para seus braços percebi que isso tudo era apenas um moinho de vento
Não se pode esgrimir contra ilusão
Mas o que a vida sem o sonho do toque espinhoso das estrelas
Então as super estrelas aqui da terra são apenas pó
E você que atou nós nos meus cabelos
Esta distante ate do sonho...